Dois Amores

Ter um imenso amor em minha vida

Dedicar-se a um alguém sincero

É tudo aquilo que da vida espero

Pra não mais viver de alma partida

Não saberei ao certo o que mais quero

Se tua volta ou tua despedida

Pois me deixaste a alma repartida

E já não és mais o ser que venero

Só me resta então encontrar outro alguém

Para livrar pra sempre a alma refém

Quando te encontrei entendi que tudo

Que procurava acabei encontrando

Já vinha quase que desesperando

Via-me triste pelos cantos mudo

Mesmo sofrendo sabia, contudo

Que em alguma parte deste mundo, andando

Como uma flor, virgem, desabrochando

Tão inocente ardor do mal desnudo

Havia-te, bela rosa que em botão

A encher de esperança e paz meu coração

Foram tantas as noites de agonia

Foram tantos os tormentos que sofri

Não entendia porque, não entendia

Porque era preciso viver sem ti

Errava ao mesmo tempo em que aprendia

E a triste separação não entendi

Mas, mesmo assim pude, enquanto sofria

Colocar em prática o que aprendi

Conhecer outro alguém valeu a pena

Tenho aprendido muito com Helena

E agora só me resta este poema

Pra te dizer o quanto interferiste

Em tudo que na minha vida existe

Se um dia quiseres conhecer Helena

Mas, de coração e alma serena

Sem qualquer dor ou sentimento triste

Da mesma forma quando a mim surgiste

De coração aberto e alma plena

De sentimentos puros, sem ciúmes

Pode ser que um dia te acostumes

Enquanto viver vou pensar nas duas

Nas duas mulheres que um dia tive

Que em belo dia, ao caminhar nas ruas

Não resisti ao encanto e me detive

Então, depois de um tempo as tive, nuas

E de desejo e amor não me contive

Vivo hoje da dor que se insinua

Dor que, embora amena, me sobrevive

De ter Helena, louca e sem juízo

De não ter visto em ti o paraíso

Professor Edgard Santos
Enviado por Professor Edgard Santos em 26/02/2015
Reeditado em 09/03/2015
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