Como declarar o amor?
Diante de você, sou uma adolescente.
Desajeitada, insegura e carente.
Esperei ansiosamente um momento,
Uma chance de te declarar abertamente: Eu te amo!
Eu pensei, imaginei, ensaiei...
Chegou seu aniversário...
Seria esse o momento,
Seria a liberdade dos sentimentos,
Sentimentos nobres que guardei.
Guardei tão bem guardado,
E encarcerei fortemente.
Eu pesquisei sem me delatar,
Com perguntas causais,
Inocentes: Qual seria o presente.
Muito bem...
Presente providenciado.
E agora?
Devo declarar-me em dedicatória?
Devo escrever no cartão?
Ou dizer lábios a lábios?
Devo embrulhá-lo e amarrá-lo,
Escolhi como laço uma fita de seda.
Plantei vários beijos e cheguei a invejá-lo.
Ele estará nas suas mãos, será folheado por seus dedos.
É natural ter tanto medo?
Ah meu pobre coração...
Até onde me recordo era um aventureiro.
Um coração afeito as paixões e desejos.
Agora vejam vocês...
Meu coração dilacerado,
Sofrendo como um condenado,
Sem saber o que fazer diante do amor verdadeiro.