Quando a poesia nos toca…
 
Existem dias que sentimos que não existimos…
Mas não é falta de comida, roupa ou bebida,
São dias que nos falta Amor…
 
Quando percebemos o desamor das pessoas,
Quando percebemos que pisamos em um chão
Que não possui estruturas fiáveis…
Quando notamos que caminhamos no nada,
E a panaceia esperada… não acontece!
 
Então, os olhos se fecham em total sentimento,
e choram…
O coração poético bate descompassado e triste,
E se fecha…
Até ele percebe a ausência e o abandono, do Amor
Que já não tem mais dono…
 
E os dias ficam sem cores, frios, e cinzentos…
Mesmo com o Sol brilhando na Zênite
Tudo parece mórbido sem graça e indiferente
E assim, experimentamos um distanciamento…
 
Como se nada tivesse algum sentido, algum sentimento…
 
São dias sem esperanças, sem sorrisos de crianças,
Sem uma Lua a nos inspirar, sem uma brisa a nos refrescar…
 
Mas então, como que por instinto,
Sou trazido para este espaço poético
Onde toda escrita se traduz em amor!
E inspiro-me em variados versos
Que me toca a alma
Que explora o meu universo
Agora encharcados de tanto amor…
 
Então, o verbo se faz carne…
Reconheço, admiro, me alimento
De cada verso e pensamentos
Plasmados em cada canto, neste Recanto
Com nomes que amo e acalanto
Em meus braços aguerridos
Repletos de calor e amor,
Que despencam das minhas cascatas
Porém em silêncio… sem causar ruídos…
Pois os versos aqui criados, foram feitos para vocês…
E caminham silenciosos num espectro virtual
Com um objetivo definido, claro e fatal
De flechar os teus corações poéticos
Abrir aquilo, que ora estava hermético
Liberar as tuas energias…
Unir a nossa sinergia,
Pois todo o amor que se cria
Extraído da boca que profetiza
São versos rimados que sintetizam…
Todo o nosso esforço em declarar
A liberdade da alma,
Que traduz com calma,
Quaisquer letras… que a faça amar…
 
Ragazzo