A Rosa e o Dragão.

Como um sábio disse pra mim,

Se matar não é o fim,

É o recomeço dos fracos,

Pobres e acabados,

Filhos dos exilados,

Dos amores terminados,

Dos laços sepultados.

Somos todos fantoches da emoção,

Fingindo uma salvação.

Meu sábio é um irmão,

Que guia meus olhos na canção,

Uma voz seca de existência,

Mas que pela vida pede clemência,

Oh meu sábio! Não se vá a partir,

E nesse mundo continuai a existir.

Comoção! Emoção!! tudo guardado num caixão,

Mortos pela sua enganação,

A verdade veio dos olhos cegos,

Cegos pela encarnação,

Sempre há um novo lugar,

Uma nova paixão a se amar,

Mas que aos poucos a te matar.

Cansado dessa vida! É essa minha decisão,

Voltar ao mundo dos sonhos de realização,

Oh meu sábio! Dai-me teu poder,

Para que minha alma possa finalmente ceder,

Me ajuda no encontro com ela,

Sua alma tagarela,

Sua pele singela,

Sua mão magrela,

Minha vida e a dela.

Excitação por um toque

Que com sua paixão me enforque,

Não me faça importar,

Se por ela eu me desesperar,

Preciso de uma paixão,

Nossa união,

Algo de antemão,

A Rosa e o Dragão.