POEMA EM BRAILLE

Na folha branca desenho teu rosto casto

Na linha do poema desnudo teus olhos cegos.

Na rima da poesia disseco a cor de tua pele

Na canção de teu riso eternizo o minuto inexato.

Eis que no rascunho de tua arte em braille

Passei a limpo o tempo e a nostalgia

E no labor de meus versos intermináveis

O poema surgiu sem defeito de criação:

Vi então o menino cego vendando meus olhos de cigana

E tecendo em meu corpo a eternidade ímpar de um segundo.

Rosidelma Fraga (Série de Poemas Amorosos)
Enviado por Rosidelma Fraga (Série de Poemas Amorosos) em 08/04/2015
Reeditado em 08/04/2015
Código do texto: T5199661
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