Amantes
Qual a lua espalhava enorme brilho...
Matrimônio não desfeito antes,
Lentamente o amor veio se chegando.
O primeiro amor não foi o bastante
Para por fim à solidão; na vida despercebida
Seu brilho reluzia; um dia de coração aberto
Entregou-se a uma ternura ambulante...
Não eram verdadeiros, o segundo nem o primeiro...
E o terceiro fazia festa avermelhando o semblante
Querendo na verdade ser amante da amante...
E tempo foi passando, o amor aumentando
Qual bambu, que cresce, cresce e nunca
Alcança o céu , disse:
“Decida-se: não quero ser amante da amante
Nem tê-la no altar sem véu”