Amantes

Qual a lua espalhava enorme brilho...

Matrimônio não desfeito antes,

Lentamente o amor veio se chegando.

O primeiro amor não foi o bastante

Para por fim à solidão; na vida despercebida

Seu brilho reluzia; um dia de coração aberto

Entregou-se a uma ternura ambulante...

Não eram verdadeiros, o segundo nem o primeiro...

E o terceiro fazia festa avermelhando o semblante

Querendo na verdade ser amante da amante...

E tempo foi passando, o amor aumentando

Qual bambu, que cresce, cresce e nunca

Alcança o céu , disse:

“Decida-se: não quero ser amante da amante

Nem tê-la no altar sem véu”

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 10/06/2007
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