A Maria de Estocolmo


E sem que os búzios profetizassem,
eis que no improvável caminho
de uma ópera silenciada,
Maria de Estocolmo é chegada.

Branca Maria do riso branco
e da tão fácil palavra fácil,
é chegada qual vento do norte.

E ainda, doce Maria, que tanto lamentes
os teus dramas, dores e sombras
nem a chuva
fez cinza,
a tarde inesperada.

Pois tu chegastes, Maria de tão longe;
e, no entanto,
Maria de tão perto.



Para Maria.

Lettré, l´art et la Culture. Rio de Janeiro, verão de 2015.