AINDA QUE SEJA INFINITO

Sim, uma vez amado, o amor perdura no infinito,

ainda que acabe e entre nós, acabou.

Não há porta aberta ou entreaberta

que o desengano bateu e a mágoa fechou.

Verdade: o céu era pouco para o que eu sentia

Não precisa evocar, não o esqueci…

… Esse fogo que em mim ardia…

[Que eu tanto… sempre… Céus! Eu queria…]

Sim, o teu veneno, esse orgulho de predador

Devorar o que era ainda inocente

Jogar, como se não te importasses,

Crês que esqueci? Que estou demente?

As bocas que beijastes, eu limpei ao olhar no teu rosto

As camas onde te deitastes, até tu esqueceste…

Chamaste-me de embriaguez carnal, fome dos sentidos

E foi real e foi intenso, e eu perdi e tu perdeste…

Tu me querias… Verdade, tu me tiveste…

Tivesse sido nosso segredo

Preferiste que fosse história de jogador

Trunfo ou troféu, jogo sem glória.

Não, não te concedo e nem concebo

Não me fales de amor!

Era nosso e… acabou…

[Ainda que seja infinito]

(EMA MOURA)

Inspirado no poema "Vê como penso", de Geraldo Coelho Zacarias;

PUBLICADO NO BLOG http://emoura-brokenwings.blogspot.pt/2015/04/equivoco.html

EMA MOURA
Enviado por Coelho Zacarias em 29/04/2015
Código do texto: T5223989
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