O que sabes sobre o amor?
As primeiras impressões geraram um susto passageiro
Turbilhões de egos varriam o terreno
onde nasciam esperanças
Velhas amizades ressurgiam
numa década com um caráter diferente
O único medo era que o coração sucumbisse ao preciosismo.
Sentado entre porcos-espinhos acariciava sua alma
A temperatura propícia para plantação de desejos
Olhos suspeitos suspeitavam de sua índole
Mas continuava em uma inocência audaz.
Ante à meia-luz fecho os olhos cansados
Peregrinando por palavras antes desconhecidas
A vontade de só um trago acaricia a garganta
De quem a imunidade tornou-se inimiga
Palpites inocentes de um prisioneiro imbecil
Um fogo acolhedor em meio a chuva forte
O que sabes sobre o amor? Perguntam os pupilos
O que sabes sobre a vida? Respondeu-lhes a morte.