Frágil atrevimento

No bater das asas de uma ave menor

coração a mil pela saudade que se esquece ter,

longo é o caminho que percorro,

movida por este meu querer,

de te querer,

sempre!

Mas o meu atrevimento é como uma bola de sabão

Dura, ainda que com intensidade, apenas um instante

Honesto e vibrante nas suas cores e transparências,

Frágil e acorrentado nos seus ses e no que deve ser,

Evapora-se, sem nunca tocar no chão.

Tu, acreditas tão facilmente, enquanto desato

nós e laços desta estranha rede que nos une e prende,

razão pela qual não fico, ainda que nunca parta

Ainda que o bater das asas me afaste,

no coração reside a saudade que não se esquece.

No bater das asas de uma ave menor,

caço as palavras que larguei no vento,

como se ao desfazer tudo o que vivi,

possa pretender não te querer,

como te quero,

sempre.

Ema Moura, 26/8/2014, em Broken Wings

Vem conhecer o lugar onde habito, http://emoura-brokenwings.blogspot.pt/2014/08/fragil-atrevimento.html

Ema Moura
Enviado por Ema Moura em 02/05/2015
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