INGENUIDADE

Frágil e ingénua, em êxtase,

Ela permanece imóvel,

Como que esperando talvez,

Um toque de alguém

Que a excite e lhe dê avidez

Para se sentir bem.

Tão doce como o caramelo

Que perdeu o invólucro,

Aguarda que seja saboreada

Como simples rebuçado,

Fazendo-a sentir desejada,

A perda da pura ingenuidade

Não apagará a beleza

Que lhe veste o corpo de seda

Macio e perfumado,

Por alguém tão apaixonado.

Ruy Serrano – 15.05.2015

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 15/05/2015
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