Confissão

Eu trago guardado em meu peito,

no lugar mais profundo, trancafiado e seguro.

No meu coração, ainda dorido e mudo,

Memorias de uma dor perdida as sombras de um moribundo.

Eu trago memorias que o tempo jamais apagou,

eu trago comigo o afago, eu trago a dor.

Carrego em meus ombros essa dura cruz,

E me afogo nesse mar chamado de amor.

Eu vivi tuas feridas e vestir o teu manto,

Sentir teu sofrer por mais ninguém, eu fui desencanto.

Calei o teu canto, fiz todo esse horror,

Já sei que não mereço o quanto me amou.

Então eu choro constantemente baixinho,

Choro meu pranto em soluços e dor.

Pois sei que nunca mais a verei aqui por perto,

Choro por ter perdido o teu doce amor.