Água de colônia
Já desde a hora em que te levantaste
E distraído deixei-me levar contigo,
Penso e sorrio satisfeito e aturdido
Nos sonhos que curaste e cativaste!
Foram os últimos da mente cansada
- Unir-se aos outros do peito estilhaçado -
Em direção ao jardim mais perfumado
Todos cantando, festejando à pousada...
Que destino! Sei teus pássaros não vem!
Porque melhor és tu, jardim fechado!
Sou só gaiola, eis-me agora escancarado
Sem comida, sem água e nem ninguém...
Por que sorrio e canto tão maravilhado?!
Por que o júbilo, se percebo tal vazio?!
Honra ao poeta de madeira e ferro frio:
Fui por tuas flores - Oh musa! - perfumado!