Proibido

Meu coração está proibido de cantar...nenhum som deve o oculto desvelar.

Minha alma está proibida de dançar...nenhum acorde pode reverberar; nem deve o silêncio ser quebrado, mesmo que sangre o coração acuado.

Sono sem sonho assim deve permanecer. Gemidos mudos, brados silentes...ecos vazios para que o segredo continue.

Morreria mil vezes se por uma resposta tudo fosse posto a perder.

Não é renúncia, é espera! Ainda grita a esperança de uma promessa por acontecer, emudecida no tempo de uma profecia por se vencer; sons que se farão ouvir...um dia...ou no anoitecer.

Doridas noites frias em que minha alma silencia ante um chamado...

Dias cruéis em que o coração contempla o céu de um olhar tão distante e tão amado.

Ainda não foi proibido amar...e é este amor que redime, sustenta e persevera...enquanto mudo coração espera ser autorizado a cantar nossa canção; enquanto a alma espera poder dançarmos juntos outra vez.