De ti nada sei

De ti nada sei.

És como o cheiro do cigarro que,

mesmo distante, ainda sinto.

O tempo que corre,

feito o sangue em minhas veias,

pouco a pouco corrói tuas lembranças,

deixando em mim apenas fragmentos

de outras tantas memórias.

Em ti o silêncio se fez âncora,

no mar revolto que agora sou.

Mas esse silêncio também

tece discursos e neles insiro

um poema que ainda fala de ti.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 21/06/2015
Código do texto: T5285188
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