Sigmund

Sigmund

Eu vi um passarinho dormindo e resolvi, por “emborrachado”, como se diz no Rio Grande Do Sul, e bêbado no resto do mundo. Não pensei, porque nem tinha condições para isto. Porém, mesmo por não ter mais condições de pensar e já ter dispensado a ética elevei-me a Psiquiatra e transformei-me em Sigmund Freud.

E, no desligamento alcoólico resolvi invadir, à dispensa da Lei, a luxuosa gaiola, o sono e o sonho da tal AVE.

Em primeiro voei muito, junto a um corvo amigo num mundo sem poleiro nem janela e nem perigo.

Depois ela, que na verdade era ele, sentindo que eu não tinha muito preparo para voar, por muito PESADO, me avisou que estava na hora do RECREIO e me apontou com o bico uma ovelha morta e um Pé de Pitangueira.

Pousamos ali, no mesmo galho e, caralho! foi a melhor refeição e a cama mais descansativa que já tive em todas as vezes que existi,

Porque o meu companheiro e Mestre Corvo me ensinou que Homem Preso sem poder produzir nada e longe da Família e Passarinho em gaiola são cordas da mesma viola.

E, principal, depois, o Bichinho me contou que, apesar de já ter cumprido mais de quinze Anos de cadeia na camada de ozônio, via os mais frágeis penitenciados sem crime algum chorando, enquanto os seus “DONOS” pensavam que eles estavam cantando.

E os fiscais do sistema,

Ganhando.

Aldo Urruth
Enviado por Aldo Urruth em 30/06/2015
Código do texto: T5294797
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