PERDIDO AMOR

Quando o céu descer a terra

Na eterna primavera

Desejara estar ao teu lado...

Mas, sabendo eterna só a saudade

Eu, no meu coração guardo a vontade...

Se ferido mesmo, o amor e calado

Pós real primavera, na flor do verão

Possa ele ser acordado

Com a voz doce das tuas mãos...

Ó algoz essa infida procura

Que se faz nessa doce tortura

Na esperança que a espera nos trás...

E que a lembrança ao tempo nos faz

Garimpeiros das cenas de outrora...

Que trazendo as luzes da aurora

Faz nascer novamente a esperança

Como do ventre nasce a criança

Para alegria futura das horas...

Ah! Se ofertasse minhas horas ao mundo

Empregando-as todas com o amor mais profundo

Desse fim, talvez, a saudade que inflama

E derrama um pranto em minha tristura

Sendo tão perene quanto a tua figura...

Mas, ao mundo calo minha voz que proclama

Num trovão que ao céu silencioso declara

Na primeira luz da manhã mais preclara

Eu te amo, amada... Finda cálida chama...

Dando início então, ao que é todo meu drama...

Autor: André Pinheiro

07/04/2015