Nossa poesia!

Impregnei-me na noite para divertir;

ouvi os escritos, li músicas clássicas

mas evitei comida, e só não fui comedida

por exceder o pensamento a ti.

Abdiquei do vinho por um chá de gengibre e limão

depois de dançar, como havia prometido,

de olhos fechados

no tapete felpudo da sala.

Enquanto esperava esfriar a xícara

pus meus pés em água quente e ervas

e observei a fumaça do incenso

entre as orquídeas mais belas

sobre a mesa.

Citei teu nome para as flores

que brotassem ali

ajudassem a equilibrar tua embriaguez

(o centro delas é a harmonia do universo)

Ainda não havia flor, mas uma bolsinha

guardava a semente que ventanearia

a nossa poesia para outras espécies

nos perpetuando em pétalas.

Shauara David
Enviado por Shauara David em 10/07/2015
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