O Sopro

Assopros solitários

Não são suficientes.

Nem os movimentos que lhe petrificam os lábios,

Mostram-se atraentes.

Logo, para que funcione a reação

Ela adiciona fermentação:

Seus curtos dedos, então,

Ficam imbuídos da ação.

Outra vez, ela, a flauta, infla,

Mas agora, os apitos desenham notas em permuta íntima.

O sopro manipulado

É sortilégio arranjado

Que em seu soar me pôs um laço

A fim de que a dona desse postulado

Tivesse meu coração em seu regaço.

Rodrigo Leme de Oliveira
Enviado por Rodrigo Leme de Oliveira em 10/07/2015
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