O Sopro
Assopros solitários
Não são suficientes.
Nem os movimentos que lhe petrificam os lábios,
Mostram-se atraentes.
Logo, para que funcione a reação
Ela adiciona fermentação:
Seus curtos dedos, então,
Ficam imbuídos da ação.
Outra vez, ela, a flauta, infla,
Mas agora, os apitos desenham notas em permuta íntima.
O sopro manipulado
É sortilégio arranjado
Que em seu soar me pôs um laço
A fim de que a dona desse postulado
Tivesse meu coração em seu regaço.