Amor por gerações
Amor que dura
Amor que se mistura
com paixão e cultura
Faz cara de drama
Almeja o galope
Indomado coração
Amor de sorte
Amor supera a morte
Amor sem multidão
O canto ressentido
O choro, o desalento
Do amor permanecem sentidos
Ficam momentos
Um indivíduo desatento
Sobreviveu imperceptível ao seu intento
De amar se isentou
Foi mais do que pediu
Ficou por poucos momentos
Cada dia uma nova silhueta na porta passou
Ao saborear espumantes a só
Pegou conjuntivite
De tanto observar o alheio
Separou-se de quem não se fiou
Ajuntou-se de onde parou
Foram migalhas de um sentir vago e feio
Por outro lado, casal apaixonado
Amavam-se todos dias molhados
Brigavam e reatavam
Despreocupados com o trabalho
Saíam a comprar pães à meia noite e meia
Os dois juntos era um banquete
Ao sair com amigos, uma ceia
Os churrascos celebrados
As idas ao Centro de compras
Os jarros ornamentais comprados
Quanto filme bom se assiste a dois
Quanta resenha e café para tomar até tarde
Tanto breu nessa cidade
Mas da companhia dela reluzente
O contraste
Com o tempo
Onde chove e desagrega partículas
De velhice nos casacos solitários.