Adoro umas mentiras
Quando a lua olha para a janela
Do alto,meia carrancuda
Desbotada pela luzes da cidade
Ouço sua voz desbocada
E faminta de humanos desejos
Nunca mais Barra Funda
Estou cansado de verdades
O álcool nos prende as pernas
Preciso voar pelos quartos
Imundos de um prostíbulo
E entregar a fome de homem
Apenas para esquecer o passado
Minha flor não derramara
O perfume no seu lençol
Não faremos contas na madrugada
Somando pizzas e vinhos
Não veremos Casablanca
Abraçados no sofá da sala
No torvelino da esperança
No recanto da alma
No refúgio do corsário
Cimentei o corredor da casa
Para não tropeçar bêbado
E cair no ladrilho de caquinhos