O bem mais precioso

Em ti perco-me e encontro-me,

Vou da loucura à lucidez,

Do céu ao inferno, sem medo,

Sem dúvidas ou pudor.

E mesmo sem ter o azul do mar

Os teus olhos são puro mistério,

São profundos e indecifráveis

Mesmo sem ter o sabor do mel

Nos teus lábios deleito- me

Mesmo sem ter todos os mistérios dos vales

Nos teus braços é que me perco

Perco a hora, perco o chão.

Perco a vida se preciso.

Diante de tal, por que deveria eu

Em minha sincope de amor

Ser tão mais serena que a brisa,

Que a pétala da rosa?

Por que infâmia me jugar

Inerte dos meus sentimentos

Se cada um deles brotaram

Com a beleza do nascimento da aurora?

Por que temer ao crepúsculo

Se o terei novamente em meus braços

E voltarei a perder-me

Na vastidão do teu corpo,

Ardente e indecifrável?

A resposta de todas as perguntas

Estão guardadas por duas chaves

Que ao mais singelo toque

Desvendarão todos os enigmas.

Então amado, se bem me queres,

Se me queres bem

Sem segredos

Sem perguntas e sem medos

Um único segredo lhe será confiado.

Uma das chaves sempre esteve contigo

E a outra?

Também já lhe pertence

Mesmo estando guardada

Em meu peito.

Ainda assim, digo-lhe:

Busque as respostas no nosso amor,

Você jamais as perderá.

Jamais nos perderá!

Sempre sua. Helena.

Helena Pessoa
Enviado por Helena Pessoa em 28/07/2015
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