O bem mais precioso
Em ti perco-me e encontro-me,
Vou da loucura à lucidez,
Do céu ao inferno, sem medo,
Sem dúvidas ou pudor.
E mesmo sem ter o azul do mar
Os teus olhos são puro mistério,
São profundos e indecifráveis
Mesmo sem ter o sabor do mel
Nos teus lábios deleito- me
Mesmo sem ter todos os mistérios dos vales
Nos teus braços é que me perco
Perco a hora, perco o chão.
Perco a vida se preciso.
Diante de tal, por que deveria eu
Em minha sincope de amor
Ser tão mais serena que a brisa,
Que a pétala da rosa?
Por que infâmia me jugar
Inerte dos meus sentimentos
Se cada um deles brotaram
Com a beleza do nascimento da aurora?
Por que temer ao crepúsculo
Se o terei novamente em meus braços
E voltarei a perder-me
Na vastidão do teu corpo,
Ardente e indecifrável?
A resposta de todas as perguntas
Estão guardadas por duas chaves
Que ao mais singelo toque
Desvendarão todos os enigmas.
Então amado, se bem me queres,
Se me queres bem
Sem segredos
Sem perguntas e sem medos
Um único segredo lhe será confiado.
Uma das chaves sempre esteve contigo
E a outra?
Também já lhe pertence
Mesmo estando guardada
Em meu peito.
Ainda assim, digo-lhe:
Busque as respostas no nosso amor,
Você jamais as perderá.
Jamais nos perderá!
Sempre sua. Helena.