Esfinge

O vento em desalinho conduz o seu nome pelos meus espaços. Cuida em preencher todos os recipientes aos quais lanço mão em busca de saciar os meus vícios, minorar as minhas esperas, acalmar as minhas angustias. Sugo-o lábios à dentro! Seu nome agora em minha boca, descendo, queimando em minha garganta, como bebida quente. Em minutos, sua alcunha encontra abrigo em meu cerebelo. Sinto os seus fonemas estonteantes sacudir meu frágil equilíbrio. As mãos que me auxiliam não sãos as suas! Uso outro recipiente. Não é você, mas deitada sobre a cama, aquela que aguarda meu aconchego de ocasião, também exala o seu nome.