ATÉ DEIXAR O AMOR MORRER...
Gotas de orvalho...
Baralho de tarô...
Rosas de luar...
O que fizestes...amor?
Destino...O que escrevestes
na palma da minha mão?
Talvez uma triste canção...
O que dizem estes traços?
Falam de abraços? Falam de mim?
Casa pronta, esperanças no varal...
Quintal aberto; estás perto?
Podes ouvir minha dor?
Amor...com você,
Dias sem noite...
Com você...paixão...
Bolhas de sabão...
Fantasia, ilusão...
Perguntas me calam...sofro.
Olho as borboletas nos campos floridos...
Visto-me de nuvens...
E ...deitada em meus sonhos
Componho meus dias com a delicadeza
de quem espera a neve chegar.
Doce surpresa teu sorriso indeciso
invadindo as esquinas da saudade...
Amarga liberdade...
Amargo despertar...
Ao longe uma sinfonia de estrelas...
Preciso ...preciso tanto entender...
Preciso tanto florescer......
Talvez me surpreender...
Peito em dor, coração em guerra...
Sou terra deserta...
Onde você se escondeu?
Quem realmente conheci?
Amor... o que você não me deu?
Teu rosto ao longe,
Sol para contemplar.
Amor...te ensinei a amar.
Plantei bondade e compreensão...
Perdão... isso não posso te dar!
Ainda que tudo me leve até a você,
permaneço aqui...rumo inalterado...
Insuportável sentimento de fracasso...
Derrota de mim...você ainda aqui...
Sigo em solidão...destroços, destruição.
Que assim seja...veja...
O amor continua...mas não serei mais sua.
Luz no fim do teu túnel...
Nua confissão...olhos noturnos...
Insaciável desejo de respostas.
Denúncia...renúncia de você...
Te querer mas não te querer...
Te amar até deixar dentro de mim
o amor morrer...
Sobreviver...apenas sobreviver...
KARLA BARDANZA
*Modificado em 21/06/2007