DOCE ENCANTO DO LUAR
   Paulo Izael


Toda vez que a enxerida lua

com seu manto negro
Enlaça o desbotado sol, tento te encontrar
Na escuridão de meus pensamentos
Mas os trevosos ventos do desengano
Invocam o caos emocional que

Além de ser sentido,
É instituído sobretudo para ser infindo
Calcificando meu estado deplorável.
Ainda teimo com meu insensato coração
Que distribui queixas por estar estagnado,
Atrelado a fotos antigas que esmaeceram
No sótão do purgatório

da inevitável desilusão.
Neste plano de permanência

com prazo de validade
A complexidade do plano espiritual

E implacável,
Alguns amores

Se fixam de maneira indelével
E judiam de almas atormentadas

Por várias vidas.
Ando fugindo de mim,

Tentando engabelar o coração,
Acreditando que tudo

Não passou de mero engano.
Mas sob o luar

Sempre volto a me desmontar
Lutando contra a entediante recordação.
Neste inexplicável sentimento ainda reflito,
Se não houve sequer um único beijo
Porque ainda hoje perdura em mim
Esta angústia com a sombra de desejo?




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Paulo Izael
Enviado por Paulo Izael em 30/08/2015
Reeditado em 17/04/2022
Código do texto: T5364437
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