Como num filme...


O nada se faz agora.
Rompe-se o silêncio que me acabrunha.
O tempo jaz ocioso.
A vida arrasta-se lá fora...
Preciosos, os pensamentos se fecham
reguardados pela distância.
Clarões perpetuam-se no íntimo e
as lágrimas inundam o vazio.
O amor torna-se frágil.
Um peso que liquefaz meus pedaços.
Rastros que refletem min'alma.
Impressos que desfolheiam meus sonhos,
num vai e vem desgovernado...
Um filme que desenrola lento...
Personagens infiltrados.
Sou ávida, num mundo apertado.
E, não te avisto ao meu lado...