APENAS ECO

Tenho por hábito tentar descobrir,

admirar e depois extrair o belo encontrado

vivendo-o na simplicidade de seu acaso

mesmo que seja em dádivas sem expressão.

Uma árvore ou um conjunto delas, suas

folhas ao sabor do vento, seus galhos se

oferecendo carinhosamente para construção dos

sacrários ninhos dos pássaros.

Quantas vezes não encontrei em valetas

onde se escoam as águas da chuva uma esquecida

flor de uma beleza impar, que se não fosse sua viçosa

cor amarela nascia e morria em total ostracismo.

A beleza existe em todos os sentidos, ela por

si só se expressa quando em seu estado de graça,

em nosso caso ainda que belo como o mar selvagem

tudo terminou nas encantadoras praias solitárias

e a partir daí tudo se passou a chamar saudades...

Hoje se ouve nas marejadas ondas que se quebram na

areia do mar uma bela e sonora voz chamando amorosamente

por nós, nada mais do que ecos do belo que existiu em

nossa história e que ainda faz questão de ser lembrado...

Mesmo assim a sublimidade até agora persiste e dou

graças, porque ainda que chore pelos cantos da

minha vida, ela em sua plenitude me concede

a cada segundo o dom de lembrar-me de seu ameno nome...

Wil
Enviado por Wil em 15/09/2015
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