SE NÃO QUANDO...

Quando repentinamente sentir que os dias

tornaram-se curtos em demasia, que as noites

já não apresentam sonhos com antes, saiba

que foste premiada pelos efeitos da compunção.

Quando descobrir que aquela suave brisa que te

brindava passou a se esconder quando entregue aos

seus inesquecíveis devaneios, bem como sentir a sensação

de ardência na pele é na verdade os açoites impostos

pelas maldades do seu desespero de causa.

Quando sentir que as lágrimas alugaram seus

olhos para transformá-los em cascata despejando

água como se fossem chuvas de verão,

são os seus sentimentos que pedem perdão...

Quando penalizada pelas reprimendas

do maldoso desvairo, saiba que são

consequências punitivas por ter transgredido

preceitos do que entre nós existiu.

Não, não te entregues ao estado mórbido, pois nunca

dir-te-ei "maldita sejas pelo ideal perdido" nem vou

atribuir culpa por ter causado a morte de um amor

tão grandioso, mas tenha em mente que meu ombro

amigo estará contigo mesmo depois de tudo o que fizeste

comigo...

Wil
Enviado por Wil em 17/09/2015
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