O Amor (Don't Explain Nina)

Os ramos agraciado pelas mãos dos querubins

São como rosas ,

e me ferem, as vezes.

Pois, tem espinhos

que machucam a alma ao lhe tocar.

Por isso, as suas asas envolventes batem em silencio,

Sem o licencio de me encontrar nos sonhos ,

Em que passeio sozinho por suas vontades;

Onde as lágrimas fluem em calamitosas enchentes...

Assim é o amor, que revolve no tempo os passos de gigante,

Das marcas retidas no peito,

e de suas pegadas de elefante,

Na fronte absurda, docíssima,

E virtuosa, como é visão dos olhos cegos pelo seu temor.

Porém, fadas e ninfas (encantadas) assopram em teu ouvido...

É hora de sorrir o seu despertar.

Não voltes a dormir, pois, o sono suprimido

pertence ao calar das pessoas atordoadas,

Que almejam de suas ilusões, nunca partir;

Para rir, então, a sua felicidade,

Mostrando este insano sorriso fugaz ,

Desprendido do arrependimento de todo tempo perdido,

Sabendo que a caminhada é longa

e a estrada curta demais;

Mas, lembre-se,

Que estarás para sempre estancada a porta do paraíso,

Se desdobrando numa recordação que te cuida,

Como se fosse a mão polpuda de um jardineiro,

adornando-te com carinho,

Assobiando uma canção que lhe transcende com alegria,

Pondo a flor plantada em seu coração

na terra farta de um canteiro,

despertando em sua alma, sem nenhum pudor,

a justa metade do amor,

que em ti, florescerá algum dia, por inteiro.