Contraste
Enquanto tudo ainda é silêncio
Vou escrevendo o poema,
A cidade adormecida sonha
Foi decretada a sentença... É inverno.
Rimas brincam de esconde- esconde
Como lua o Poeta brilha, perde-se na trilha,
Viaja entre nuvens, pesca estrelas,
Deseja a beleza, precisa da surpresa...
Em mistérios a branca lua desfila...
Parece querer ditar o verso,
E sopra-me o vento...
Primeiro vento perfumado,
Acaricia, passa e volta, tem orvalho.
Carrega o doce sabor... É primavera...
Marilu Fagundes
Grata ao Poeta Ilson Rogério pela interação...
Dorme a cidade sob a luz do luar
Na tela a imagem estática
Tal qual a estatua da deusa Romana
D’veras por d’veras
Esculpida em pedra fria...
E a cidade dorme sob o céu silente
Viaja então a mente
Como um barco fantasma
Num mar de lembranças
Onde, d’veras, se destaca
Em aromas nunca sentidos
Tão sonhados tão desejados
Quiçá igual à doce fragrância
Da “Dama da Noite”
Vai a madrugada vem à aurora
O sol desponta no horizonte
E a cidade desperta
Sob o céu azul celeste.
Ilson Rogério