Sucinto de espanto

Não te espantes se de espanto me sobrar encanto.

Não te encantes se eu te amar um pouco mais que devo.

Não me ouça se meu som desatinar teu pranto,

nem chores sobre a carta que eu te hoje escrevo.

Só te cales se o amor emudecer teu canto.

Só me fale de amor, estampida do espanto.

Só me cale, quando o sol enlouquecer-me o tanto

para achar que teu sorriso não me vale, entanto.

Ademais, apenas assobie o frio em minha boca e retire os versos que te achar melhor.

Ivan Schneider
Enviado por Ivan Schneider em 07/10/2015
Reeditado em 12/10/2015
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