...E Agora Amor?
...e agora amor,
Que me expus em versos singelos,
Abrindo-me delicadamente
como uma flor,
Quero que me vejas como uma rosa,
A flor régia do seu pomar
em todo esplendor,
Vestido pela natureza,
Crescendo dentro de ti,
Póstumo em soberana tristeza,
Guardado por espinhos,
Sorvendo as lágrimas de um orvalho,
Suave e doce como bálsamo,
Que chora baixinho
instigado pela beleza de um verso teu.
E, antes mesmo que amanheça,
Peço que me recolha,
Junto com os primeiros raios de sol.
...porém, não se esqueça,
Nunca pense que é tarde,
Pois sabes que arde em meu peito,
Algo maior,
Bem maior que uma simples paixão.
Assim como neste poema,
Levo na bruma,
contida no frescor das manhãs,
A certeza de que existo,
de forma alguma,
Cercado de tua grandeza,
Amado nos campos alvos
Do seu coração.
Discriminados em vão,
Pelos que deleitam tal sentimento,
E ferem a todo o momento
nossos olhos,
Com a dor do pensamento vulgar.