Amaria-te em essa dimensão
"Que Baco ofereça o Bom Vinho a Lordy Byron"
Ó, Johann Wolfgang von Goethe, me puseras em uma violenta e sequestrada paixão,
Despertaram Faraó das tumbas malditas, que trouxe cinzas ao meus escapismos medievais,
Ascenderam-me um tempestuoso sentimento,
Que derriba ao vento todo e velho Egito,
Em meio a dança, nossas bofetadas,
acalentaram o meu coração,
Gosto desse laço vermelho, nesse vestido puro e virginal,
Que não permiti-me escapar do mundo que se cresce, quando lembro-me que de pão tu alimentavas as criancinhas,
Sei que não só de pão viverá o homem,
Mas queria viver para sempre dessa lembrança,
Perdoa-me Goethe, mas desse final, ponho-me a mão,
Sequestrarei essa dama plácida, branca e angelical,
Há muito em mim temor aos mandamentos,
Desejo é muito a viver: Hoc non pereo habebo fortior me
Suicídio, não quero eu escrever em meus delírios...amar eu quero,
Minhas células gustativas já salivam o delicioso Sauternes,
Ó, minha bela, estamos na guarita no Portal de nuvens,
Que Atenas deem-nos sabedoria para nossa guerra justa de amor,
Tu és formosa, e dessa fonte d'Água quero eu bebê-la todos os dias,
Se soubesses o quanto és linda, tu entregarias-te a beleza narcisista,
Que teu Prometido, tenha o mesmo destino de Tântalo,
Pois, dessa fonte nunca mais beberá
Contemplas quem mora em mim?
Do tiro eu te dou para sempre o meu amor...,
E se ele tentasse separar-nos, estoraria os seus miolos, mesmo que eu fosse condenado à forca,
Amaria-te em essa dimensão,
E ainda que minha sentença fosse um Exílio,
Amaria-te em essa dimensão,
Mesmo se a morte te arrastasse de um convento trancafiada, e ao meu destino os mares revelassem-me a tua partida; entregar-me-lhe ao amor,
Ó, mais formosa entre as mulheres, das nuvens já passamos, agora viveremos eternamente nesse Monte de amor
Autora: Ellen Oliveira