BARCO PERDIDO​

Não culpes a distância pelo teu esquecimento
não queiras justificar a tua ausência assim
eu te fiz presente em cada pensamento
porque não me guardaste também assim
Quando a saudade me apertava o peito
eu te sonhava e te fazia presente
podia me sentir junto a ti no teu leito
ainda que em sonhos somente

Atravessava os mares de saudade
que me separavam de ti
e aportava no cais da minha felicidade
sem precisar sair daqui

Não, não foi a distância que apagou o teu amor
ela não teria poder para tanto
eu bem sei, sinto na minha dor
esqueceste-me porque não me amaste quanto

Hoje eu deixo o barco da minha saudade a revelia
quem sabe um dia ele venha a naufragar
ou quem sabe, um dia, ele vá te fazer companhia
e nele queiras regressar

 
Célia Jardim
Enviado por Célia Jardim em 27/10/2015
Reeditado em 27/10/2015
Código do texto: T5428262
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