A Copiosa Paixão de Uma Quimera

Sobre o desconhecido não temo,

Uma horda de sonhos inconstantes me espera,

E a cada vez que imerso me vejo desaparecido,

Libero uma Quimera,

Um monstro solitário, sofrido,

A fera que desdenha tristemente das tuas ilusões,

Se alimentando vergonhosamente

de pedaços das paixões da minha vida.

Se era a tua vontade, morre dentro de mim....

Mesmo que não possa contê-la,

Prendê-la enaltece o amor,

Enquanto segue bebendo meu sangue,

Pulsando, enfim, dentro, no fundo do coração,

Dando voltas na vida em que me encerro,

Vinte e quatro horas por dia,

Querendo ser apenas o solo que me enterro

na alma de uma pessoa comum,

Que sonha em tê-la, apenas, numa copiosa paixão...