Uma Rosa no Caminho de Santiago
Todos amamos a rosa,
Como se fosse uma flor que se incinera
em presença do amor,
No aconchego de sua luz,
Desprendendo-se suntuosa,
Enaltecida com poesia,
Brindando o meu mundo;
Me sinto presentado com sua alegria,
Em gesto,
--que se forma no ser vivente -
Comovido e emocionado.
És feita de sal e doce,
Como se fosse a minha lágrima,
Ou uma nata preciosa de topázio,
Brilhando calorosa...
Não tenho dúvida,
De como se ama, em determinadas procuras,
Que o céu onde se abria,
Aparentemente,
Apenas , desvendou um mistério,
E a fez durante uma brisa
Que percorreu a terra,
Elevando o véu que a encobria.
Não te amo, senão,
pelo cerne, pela cor de sua densidade,
E digo,
Resgata esse perfume
que vem da sua alma;
Vive abertamente pura e nua,
Como se não houvesse no mundo
essa maldade,
Que segreda dentro de ti
a clausura de um amor,
Como a pureza da auréola de uma flor,
ou de uma ostra,
Sentindo-se invadida pelo grão de areia,
se fecha molestada,
e, comovida, em vez de queixar-se,
transforma-o em pérola.