DESVÃOS ENAMORADOS

Quem és tu que bates à minha porta agora?

Mal escuto o teu chamado e já invades assim

a minha vida.

Ouve-me bem, limpa cuidadosamente os teus

pés antes de deixar marcas no meu tapete.

Pela tua presença, já ansiava. É pena que

ainda tenho medo, medo de que não compreendas

todas as emocões que te entrego sem vacilar.

Escusa-me, querida, pois, por hora, apenas

consigo oferecer-te palavras de temor e não de amor;

porém, entende-me: até o mais generoso dos sentimentos

necessita de uma quota mínima de carinho para sobreviver.

Minha flor, não te assuste com o que agora te falo,

contudo, a vida ensinou-me que, se não retribuíres

os meus carinhos, em vão te amarei.

Elton Diniz Pacheco
Enviado por Elton Diniz Pacheco em 29/06/2007
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