NÃO FUI EU...

Não foi com o sentido de encenar quando

disse adeus, nem teve o mesmo sentido quando

o chafariz dos meus olhos passou a

brotar lágrimas com a intenção de simular dor...

De antemão eu já sabia que o conduto traria

consequências melancólicas que nem o poético

e harmonioso som do mar quebrando na

areia seria capaz de transformar-se em lenitivo.

Em meus sonhos eu também já havia provado as

consequências do intento e amargamente experimentado

o sabor da dor de uma nostalgia muito antes que a

distância efetivasse... assim como a existência do nada.

Nunca fomos iguais nossa forma de ser sempre foi

diferente afinal não fui eu que acabei humilhando o amor, não fui eu

que recebeu o sentimento e o devolveu e em mim, ainda hoje

nada mudou continuo guardando o seu olhar no meu...

Uma vez ou outra deixo envolver-me por uma ânsia

louca incontida nessa vontade de te ver, nesse desejo

desesperador de ter em minhas mãos o seu rosto, mas em

seguida peço perdão ao meu coração por instigá-lo para

coisas que não existem...

Wil
Enviado por Wil em 09/12/2015
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