* Confesso *

"...Coisas que somente aos céus, minh'alma confessa....

É o íntimo que grita silenciosamente....

Como a chuva que molha o serrado,

As lembranças molham meus olhos...

O poema deixado na gaveta,

O tempo que o amarelou...

O inesquecível que se torna cada vez mais presente,

E eu, ausente!

Entre a mente,

Entre lençóis...

Súplicas de amor sussurradas....( ao vento )

Me faço em silêncios.

No pensamento,

Duas almas que se entrelaçam e dançam em meio ao carmim de minha boca...

Boca que os dedos contornaram,

Boca minha, que é o próprio formato de coração.

De teus lábios palavras ditas....

"Tua boca é a própria perdição"...

E hoje fica em mim o segredo guardado,

De tudo sentido, a certeza de que nada foi em vão...

Não falo de ti, falo por mim...

Falo o que dita meu próprio coração...

Diante de ti, fica essa mágoa maldita,

No desprezo sentido, o poder da palavra Não!

Sigo adiante...Avante!

Na firmeza de meus passos,

A certeza plena de que....Amanhã não serei mais solidão...

E entre quatro paredes eu digo e repito...

" Coisas que somente aos céus, minh'alma confessa..."

Agridoce P
Enviado por Agridoce P em 15/12/2015
Código do texto: T5481262
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