VIA

VIA

Rasguei papéis...

Esqueci anéis...

sentimentos no peito

dizem:- não há jeito.

Do chão fiz meu colo, oro...

sentei o corpo e n’alma degolo

os fios das lembranças, tantas,

vividas entre crianças e danças

de bailes inteiros! Brejeiros,

puros da orvalhada manhã.

Deposta fui no beijo daquele dia.

Beijos quentes e remanescentes

daquela verdade que eu via...

Via pintada por tinta colorida

daqueles borrões que não via...

Ah, minha via pintada de poesia!

Acreditava em família sem heresia.