Ninguém

Perguntando te dirão de mim

com palavras, dedos e silêncios.

Verás que em cada boca nasço outro

e de cada gesto me entenderás diferente.

Ninguém no fundo me sabe ou reconhece

de tanto que mudo para ser pássaro

de tanto que sangro para ser livre

de tanto que me inquieta a tua voz

de noite irreverente.

Sou todos os homens da tua fome

na pele de ninguém.

Edgardo Xavier
Enviado por Edgardo Xavier em 21/12/2015
Código do texto: T5487425
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