FIM DE ANO

Fim de ano melancólico

alcoólico! Doente coração

sente na linha fina o fim.

E onde fica a festa? Nesta,

quero gritar embriagada,

abrir essa boca malcriada,

minha boca antes beijada

morre hoje travada de raiva.

Morrem as palavras de amor.

Morrem os risos doídos e bem

vindos lá dos fundos da barriga,

que vibra, ama e goza...

Quero dizer...mas nada digo.

Quero sentir nada, mas sinto!

Quero o amor malucando na avenida

quero desse avesso o começo.