D'EU MESMA
Desde que me conheço por gente
como se diz por aí popularmente
escrevo minhas tolices inocentes
e também as incongruentes...
Partes de mim parto e renasço.
Choro. Rio. Invento-me rio da foz
a nascente ouvindo a minha voz
em variado tom e troca de passo
totalmente descalça sobre as letras
quentes... Desenho-me pó sem dó
porque é assim que grito, amo e sigo
aprendente dessas rimas imperfeitas...
Pobres! Também como se diz por aí.
E daí? Pergunto aos enriquecidos egos
alvissareiros lá do covil de si mesmos.
Ah... desde que me conheço por gente
vivo e morro letra de mim mesma
sou o acerto e o erro d’eu mesma...