*Solilóquio

Se acaso pretendes colher-me como adorno para tua lapela ...

Não o faças ! Não limites o meu tempo, fazendo-me fenecer em teu peito apenas por uma noite.

Nem me esqueças marcando a partitura, adornando a canção da amargura, o "Réquiem "emudecido em meus lábios.

Adornar-te-ei , não nesta vida, nessa efêmera lida denominada amar.

Enfim serei colhida, rosácea em mármore erigida para tua lápide emoldurar."

*Presume-se que solilóquio seja um monólogo, um diálogo consigo mesmo, um título aparentemente divergente , já que os versos parecem ser direcionados à alguém .Eis a questão :mas e quando as circunstâncias nos distanciam do receptor , ou o mesmo não quer nos ouvir? Nossos versos não se tornam solilóquios?

Doni Barrett
Enviado por Doni Barrett em 28/12/2015
Código do texto: T5493172
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