Poemas de amor IV
Lá de longe, de onde nasce a beleza,
os ventos me trouxeram você;
luz que ilumina minhas sendas,
sol que aquece minha alma.
Ao passar, seu aroma agridoce
invade, inebria, estremece, extasia,
carrega em seus braços minha devoção cega,
faz desmaiar minha alma.
Quando abre seu sorriso
escancara minha alegria, desafina minhas vozes,
estanca as feridas de minha juventude,
afaga com carinho minha alma.
Quando gargalha maviosamente,
seu doce tom tranquiliza,
aquieta os gritos de meus pavores,
beija calmamente minha alma.
Quando, enfim, percebo,
escurece-se a luz, não há calor,
cerram-se os lábios, silencia a canção.
Desperta, ferida, minha alma.
Tiago Gonçalves - MAR/2015