SONETO DA VERDADE

Quando penso em ti vejo o tempo em sobrevôo

Param os ponteiros e as horas já não marco

Cito versos de berlinda dos recantos donde entôo

Canto todas as canções, viro vento, sou teu barco...

Das minhas verdades te ofereço meu amor

E me encontro de sobressalto e pensamento

Das minhas vestes eu me dispo sem pudor

E me entrego à tua boca, ao teu invento...

Nossas sacrossantas indumentárias vestem o chão

Nossos macro beijos infinitos deixam o céu despido

Temos incontestáveis diferenças de coração

Somos as verdadeiras cores do colorido...

Sou a verdade que te conto...