CRENTE

Sepultada a esperança

Na culminância deletéria do desencanto,

O que sucederia se você se rendesse

Ao laço do desamor?

Com certeza, sua alma descansaria no leito da treva.

E se ao cair no vazio você descresse

No braço do amor?

Mas você, crente, é duro na queda.

Ressuscitada a esperança

Pela etérea rutilância do encanto,

O brilho outrora perdido se refaz

Nos olhos mesmos em que o pranto,

Tantas vezes vertido, agora fanado jaz.

Se ao menos você morresse

Para a falsa realidade,

Talvez você renascesse

Para a valsa da eternidade.

Levar a vida sem amor é como internalizar a treva,

Posto que o amor é sol, luz que eterniza a vida,

E apostar no desamor é peleja de antemão perdida,

Por mais altivo que seja, é voo fadado à queda.

Armado de amor, você vence o mundo,

Vencendo o mundo, você conquista a glória,

Voa mais alto, mergulha mais profundo,

Vivendo de amor, você glorifica sua história.

Porque do amor

— Não do mundo —

Você recebe a paz;

Porque do amor

— Tão profundo —

Você recebe amor... ainda mais.

Carlos Henrique Pereira Maia
Enviado por Carlos Henrique Pereira Maia em 18/01/2016
Reeditado em 03/08/2017
Código do texto: T5515359
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