Atônito Navegante

Se incansável navego no mar do amor,

Navego porque assim nasci,

Incorrigível navegante sou,

Tão dependente do amor, qual da flor é o colibri.

E nestas vagas, ora faço dor, ora alegria...

Ora sou glacial, ora vulcânico,

O sexo oposto me alegra; me contagia,

Incorrigível amante neste mar... Atônito.

Quisera poder me multiplicar,

E a todo coração solitário me unir,

Faria do mar de solidão, mar de amar...

Do mar de lágrimas, mar de sorrir.

Quisera sim poder livre voar,

E chegar às masmorras das dores,

E do gládio da solidão todo irmão livrar,

E em cada canto, deixar sementes de amores.

Antonio Rey
Enviado por Antonio Rey em 04/07/2007
Código do texto: T551602