MISTÉRIOS DA RODAVIDA
Incrível!
Já habitamos, brincamos e voamos juntos nos verdes canteiros floridos do mesmo jardim...
Questionável!
Meu ilimitado sétimo sentido não ter percebido tua magnética presença tão perto de mim...
Falível!
Minha míope visão limitada que com tuas luzes solares não se ofuscou e nem se iluminou...
Insensível!
Meu insignificante e congestionado olfato que com teu suave perfume não se embriagou...
Inimaginável!
Minha inspiração que voando à esmo e perdida no tempo e no espaço não te captou...
Desprezível!
Minha pobre e banal poesia que com tuas asas azuis magistrais não decolou e voou...
Compreensível!
Tua aérea e enigmática metamorfose que um dia às margens do doce ribeirão negro levou...
Sofrível!
Meu cansado e triste riacho de lágrimas vermelhas que por ti sempre procurou e chorou...
Inadmissível!
Meu irresponsável beija-flor bailarino que por ti pequena flor delicada não se encantou...
Desajustável!
Meu desaquecido girassol que sua lenta, regular e previsível trajetória não acompanhou...
Admirável!
Milagre notável e presente divino que a sina da vida humana e mutável me proporcionou...
Inacreditável!
O reencontro etéreo e eclíptico que nem o sábio profeta mais infalível previu e profetizou...
Confortável!
A certeza afinal sentida num mundo impessoal, virtual e irreal mas racional e sentimental...
Inevitável!
A constatação de que você já vive em mim e eu já vivo em você porque a rodavida é real...
Vital!
Colher os doces e coloridos frutos obtidos nos pomares dos verdadeiros amores semeados,
e ternamente adubados...
com carinho e perseverança pelos cumpridores das leis divinas que regem o nosso quintal...
E etc e tal...
https://youtu.be/OEvFuXYHQjs
Mistérios da Meia Noite - Zé Ramalho
Escrita em 2003 e publicada originalmente aqui em 10/02/2006
Já habitamos, brincamos e voamos juntos nos verdes canteiros floridos do mesmo jardim...
Questionável!
Meu ilimitado sétimo sentido não ter percebido tua magnética presença tão perto de mim...
Falível!
Minha míope visão limitada que com tuas luzes solares não se ofuscou e nem se iluminou...
Insensível!
Meu insignificante e congestionado olfato que com teu suave perfume não se embriagou...
Inimaginável!
Minha inspiração que voando à esmo e perdida no tempo e no espaço não te captou...
Desprezível!
Minha pobre e banal poesia que com tuas asas azuis magistrais não decolou e voou...
Compreensível!
Tua aérea e enigmática metamorfose que um dia às margens do doce ribeirão negro levou...
Sofrível!
Meu cansado e triste riacho de lágrimas vermelhas que por ti sempre procurou e chorou...
Inadmissível!
Meu irresponsável beija-flor bailarino que por ti pequena flor delicada não se encantou...
Desajustável!
Meu desaquecido girassol que sua lenta, regular e previsível trajetória não acompanhou...
Admirável!
Milagre notável e presente divino que a sina da vida humana e mutável me proporcionou...
Inacreditável!
O reencontro etéreo e eclíptico que nem o sábio profeta mais infalível previu e profetizou...
Confortável!
A certeza afinal sentida num mundo impessoal, virtual e irreal mas racional e sentimental...
Inevitável!
A constatação de que você já vive em mim e eu já vivo em você porque a rodavida é real...
Vital!
Colher os doces e coloridos frutos obtidos nos pomares dos verdadeiros amores semeados,
e ternamente adubados...
com carinho e perseverança pelos cumpridores das leis divinas que regem o nosso quintal...
E etc e tal...
https://youtu.be/OEvFuXYHQjs
Mistérios da Meia Noite - Zé Ramalho
Escrita em 2003 e publicada originalmente aqui em 10/02/2006