Volta!

As lágrimas que amanhecem em meu olhos

Ainda mostram a sua imensa beleza

E por isso em mim permanece

Latente, mórbida e evidente uma grande tristeza!

Quem sabe se meus olhos sorrissem

Talvez eu pudesse, num momento,

Nem ter essa amargura incontida

Que vem de repente, como um lamento!

Mas, no entanto, como machuca

Um coração apaixonado

A simples ausência, por segundos,

Daquele ser tão amado!

Volta, vem dissipar essa nuvem

Fazer de novo o sol brilhar

Dar sentido, um rumo à minha vida

Vem de novo sorrindo me encantar!

Em cada gota dessa lágrima

Um pouco do meu coração se esvai

Não posso ser um peso na sua vida

Tampouco ser um corpo que cai!

Suporta-me em seu coração um instante

Como um beijo cálido, da véspera

Contenha meu peito, este amante,

Que hoje, mais que antes vive da quimera!

As lágrimas amanhecidas contam histórias

Tristes, longas, oportunas e distantes

Escorrem tórridas feito lavas

Da explosão de um vulcão espumante!

Observa o sofrimento e se apieda, com lucidez

Busca sem desespero uma saída e alega

Ao coração que bate e sofre por ela

As razões do acontecido e não se entrega!

Claudio Kosmo
Enviado por Claudio Kosmo em 27/01/2016
Código do texto: T5524796
Classificação de conteúdo: seguro